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Ergue-se o TOPO no Martim Moniz

O conceito de comida de balcão renasce depois de uma viagem de elevador ao 6º andar

Surge na sequência do projeto de revitalização do Martim Moniz, pela mão de José Rebelo Pinto como ex-libris da renovação para romper, por fim, com algum estigma ainda associado à zona. Por isso mesmo, o TOPO não poderia erguer-se noutro local senão no último andar do Centro Comercial do Martim Moniz, espaço que outrora fora um armazém de revenda de produtos chineses sendo agora um moderno restaurante/bar que reinventa o conceito antigo de balcão.

Depois de impulsionar a renovação do Caís do Sodré e da Praça do Martim Moniz, o também mentor do MEO Out Jazz, José Rebelo Pinto, avançou com o TOPO para “implementar novos conceitos nesta zona da cidade” e “desenvolver uma linha de orientação para o Martim Moniz”. Para isso, convidou Mafalda Malafaya que se dedicou à publicidade durante alguns anos e estudou recentemente gestão e produção de cozinha, para se juntar ao projecto.

Depois de uma ida de elevador até ao 6º piso revela-se o espaço com arquitetura de João Botelho e Miguel Oliveira. A fachada é envidraçada para expor a vista desafogada de uma Lisboa, também ela, antiga – o Castelo, a Mouraria, os Miradouros da Graça e da Senhora do Monte ficam na mira. O balcão em madeira estende-se pelo espaço em L, é o elemento central do restaurante e o epiteto do conceito, alberga um emblemático bar de cocktails. E há também um terraço com originais bancos em blocos de madeira que servem igualmente de mesa.

Na cozinha, o chef Ricardo Benedito, a é a estrela por trás de todos os nossos pratos deliciosos.
O amor pela cozinha está nas suas raízes e começa o seu percurso em Paris onde se forma na Escola de Hotelaria trabalhando, posteriormente, em vários restaurantes com duas e mais estrelas Michelin. Volta para Portugal e vem parar ao TOPO onde aposta numa cozinha sazonal e macrobiótica.
Os Menus de Almoço no TOPO são sempre um fator surpresa, pois inova todos os dias com um prato diferente. No TOPO, assina a carta que se distingue por petiscos tão diversos como tártaros, guacamole e pregos em bolo do caco. Nunca esquecendo a essência da gastronomia portuguesa – não vão faltar iguarias feitas de conservas nacionais -, a cozinha tira proveito da multiculturalidade onde se insere. Uma cozinha de conforto, para todas as idades, que deve ser desfrutada entre amigos ou em família.

No bar, a consultadoria e o desenho da carta de cocktails é da responsabilidade de Luís Domingos, da Black Pepper&Basil – esteve envolvido em projectos tão distintos como a Pharmacia, o Cais da Pedra ou o Pedro e o Lobo -, que salienta o terraço de excelência para desfrutar de um cocktail ao final do dia. A carta de bar será rotativa, começando com 10 cocktails, mas existem também opções não alcoólicas, como batidos ou sumos de fruta natural específicos em cada semana.

Não faltará a vertente musical para finalizar o ambiente, tanto no interior como no espaço exterior, e um pouco de cultura, porque é disso que é feito o Martim Moniz. Uma das paredes do TOPO está reservada para a mostra de telas de artistas emergentes. As do artista Paulo Arraiano fazem a estreia.